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O zinco é um micronutriente que compõe mais de 300 enzimas envolvidas em funções importantes para o desempenho físico, como produção de energia muscular e síntese de proteínas. É também essencial para a produção de testosterona e responsável pelo bloqueio da enzima aromatase, que transforma o excesso de testosterona em estrogênio. Também tem poder antioxidante e fortalece o sistema imunológico, reduzindo o risco de infecções. A deficiência grave de zinco resulta em sintomas como dermatite pustular, alopécia, perda de peso, diarréia, infecções secundárias à disfunção imunológica, hipogonadismo e problemas na cicatrização de úlceras.

É necessário para a formação da estrutura da pele, para a proliferação celular e para manter a integridade de membranas, síntese de ácidos nucleicos e a síntese de colágeno. Na deficiência de zinco, a produção de fibroblastos e colágeno é reduzida.

A suplementação de zinco tem o potencial de melhorar a imunidade. Em idosos, com baixa concentração sérica de zinco, foram investigados os efeitos da suplementação por 3 meses.3 Os autores do trabalho concluíram que a suplementação de zinco em idosos e seu consequente aumento sérico, foram associados ao aprimoramento da função das células T. Baixos níveis séricos de zinco também estão associados à encefalopatia hepática. Um estudo teve como objetivo investigar os efeitos da suplementação de zinco no tratamento de encefalopatia hepática em pacientes com cirrose. Quatro ensaios clínicos com 247 pacientes foram incluídos.

Em conclusão, uma combinação de suplementação de zinco e lactulose por 3 a 6 meses melhorou o teste de conexão numérica em pacientes cirróticos com encefalopatia hepática de baixo grau, em comparação com apenas lactulose.

Um outro trabalho investigou os efeitos da suplementação oral de zinco sobre a intensidade da fadiga e a qualidade de vida de pacientes durante a quimioterapia para neoplasia colorretal. Foi constatado que a suplementação com zinco previne a fadiga e preserva a qualidade de vida de pacientes em quimioterapia para neoplasia colorretal.5 Outros autores avaliaram os efeitos da suplementação de zinco no controle glicêmico, parâmetros cardiometabólicos e antropométricos e a progressão da doença em pré-diabetes. A suplementação com zinco reduziu a resistência à glicose no sangue e à insulina, melhorando a função das células β. Além disso, a suplementação reduziu a progressão da doença para o diabetes e teve efeitos benéficos no colesterol total e no LDL-C.

O zinco, assim como outros micronutrientes, é conhecido por exercer vários efeitos benéficos ao organismo, incluindo ações antiinflamatórias e antioxidantes. Alguns trabalhos evidenciam que a suplementação de zinco pode melhorar parâmetros bioquímicos de inflamação como a proteía C reativa, expressão gênica de IL-1 e TNF-α.